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ACIAX Encaminha oficio em repudio a velocidade estabelecida nos radares na BR282 em Xaxim
Prezado Deputado (a),
A Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de Xaxim – ACIAX, fundada em 13 de setembro de 1991, a qual possui como missão institucional a representação dos segmentos econômicos do município, com o propósito fim de desenvolvimento de Xaxim e região, atualmente representa mais de 200 associados que, no desenvolvimento de suas atividades comerciais e produtivas, distribuídos entre profissionais liberais, comércio, transportadoras, indústria e prestadores de serviços, empregam mais de 6.000 colaboradores.
Neste viés, como entidade representativa de inúmeras classes e segmentos, vem à presença de Vossa Excelência, apresentar total inconformismo, irresignação e protesto com a ação traçada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte - DNIT quanto a colocação de diversos radares fixos ao longo da rodovia federal BR-282, que corta o Estado de Santa Catarina, de Leste a Oeste.
Verifica-se que ao longo de mais de 650 km da rodovia foram instalados recentemente incontáveis radares limitantes de velocidade entre 60 km/h e principalmente 40 km/h, embora o limite da rodovia seja 80 km/h. Só no Município de Xaxim, em aproximadamente 17 km de rodovias, foram instalados 9 (nove) novos radares.
A ação irracional adotada trouxe diversos inconveniente para a população Catarinense, dentre os quais: a) a instituição de uma indústria da multa local; b) aumento do risco de colisão traseira nos locais monitorados, face a discrepante diferença de velocidade da via (80 km/h) para com os radares locais (40 km/h e 60km/h), levando os motoristas a frearem bruscamente; c) instalação em pontos que tornam o radar uma armadilha ao motorista; d) travamento do tráfego local e de longas distâncias, visto a rodovia BR-282 ser a principal via de escoamento da produção do Oeste e Meio Oeste Catarinense, elevando o custo operacional de transporte e o tempo de viagem dos brasileiros que por aqui trafegam.
Conforme preconiza o Código de Trânsito Brasileiro (Lei Federal 9.503/1997), em seu art. 62, a velocidade mínima da rodovia não poderá ser inferior à metade da velocidade máxima estabelecida. Se a via possui fluxo de 80 km/h e um radar estabelece velocidade máxima de 40 km/h, para que o motorista não seja multado, deverá transitar em velocidade inferior à metade estabelecida por lei, colocando o referido radar em inconformismo ao dispositivo legal do próprio CTB ou induzindo em erro o próprio motorista. Ora, se a velocidade da via é 80 km/h, a mesma deverá ser fiscalizada à 80 km/h e não à menor.
Outro ponto a ser destacado é o mercado das multas que se instalou. A discrepância entre a velocidade da rodovia (80 km/h) com a velocidade estabelecida em grande parte pelos radares novos (40 km/h), induz os motoristas em erro, visto a necessidade de grande desaceleração em curto espaço de tempo e em pontos que não caberiam uma velocidade tão baixa. A quem interessa tantos radares nas rodovias Catarinense? Quem está faturando às custas do sacrifício do povo Catarinense? Essas perguntas não querem calar em nossa sociedade a qual nos vem cobrando constantemente um posicionamento quanto as recentes e instalações.
A título de comparação de como DNIT trata de forma desigual e irracional a administração rodoviária de nosso País, a BR–153, popularmente conhecida como Transbrasiliana, possui limite de velocidade máxima no Estado do Paraná de 110 km/h para veículo de pequeno porte, enquanto que, em Santa Catarina, quando a referida rodovia cruza nosso Estado, apesar de possuir a mesma infraestrutura, projeto e conservação, ou seja, sem modificação alguma, o limite máximo é de 80 km/h. Irracional, Desconexo, Incoerente!
Além dos radares fixos instalados, ainda sofremos constante fiscalização da Polícia Rodoviária Federal por meio dos radares móveis, possuindo um Posto Policial na cidade de Xanxerê e a 08ª Delegacia de Polícia Rodoviária Federal em Chapecó, ambas cidades vizinhas.
Ademais, embora possa existir algum estudo técnico por parte do DNIT, é sabido que a grande causa dos acidentes de trânsito em nosso país não dizem respeito a velocidade propriamente dita, mas por outros motivos, principalmente as condições adversas da via (chuva, cerração, neblina), pista escorregadia, embriaguez ao volante e falta de conservação das vias.
Isso tudo mostra uma total incapacidade de lógica com a gestão da malha rodoviária de nosso País, podendo dizer-se que se trata de uma “gestão equivocada” por parte do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte - DNIT.
Destaca-se que ACIAX não é contra a fiscalização da velocidade nas rodovias federais, pelo contrário, deverá ser feito, mas com velocidades compatíveis ao fluxo da via, a tecnologia embarcada nos veículos atuais e contrária as formas “facilitadoras” de usurpação do dinheiro do contribuinte.
Desta forma, pelos fatos acima expostos, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, requerer auxílio do nobre representante do povo Catarinense, para que sejam corrigidos os abusos cometidos pelo DNIT na Rodovia BR-282, a fim de trazer de volta a fluidez do tráfego e o respeito ao dinheiro do povo Catarinense.
Certos da colaboração de Vossa Excelência, lanço votos de grande estima e consideração.
Atenciosamente,
Crenilson Corrêa
Presidente ACIAX