NotÃcias
Planejar para colher o melhor!
Por Cládis Jorge Furlanetto
Estamos praticamente na metade do ano e nos preparando para implantar a nova safra de trigo. Aliás, durante o ano, e durante nossa vida, temos vários momentos em que precisamos iniciar processos, uma nova etapa de produção, uma nova fase da lavoura, um ciclo diferenciado, nova cultura, um recomeço enfim, temos várias oportunidades e várias chances a cada amanhecer, a cada semente lançada, a cada decisão tomada.
É muito preocupante o momento conjuntural, econômico e político do Brasil. Porém e felizmente, no setor agropecuário temos muito para comemorar. O produtor de grãos há quatro anos vem tendo rentabilidade satisfatória, o suinocultor se recuperando bem desde 2014 – reflexo principalmente do crescimento das exportações, e o produtor de leite que teve dificuldades no final de 2014 e início do de 2015, volta a ter sinais de melhora nos preços desde março. Já mostramos que sabemos produzir, temos produção e para quem vender. Temos tudo bem encaminhado.
Não vamos perder nenhuma oportunidade de fazer e refazer tudo de novo. Com a sensibilidade de fazer cada vez melhor. Façamos a nossa parte como gestores e como produtores de alimentos que somos. Tenhamos consciência de quão importante é a “nossa” atividade, os nossos negócios, a nossa cooperativa.
Sabemos que o mais importante como gestor é buscar o melhor pela coletividade, baseando-se fortemente no planejamento estratégico. A cooperativa auxilia com a assistência técnica, informações, suporte comercial, cota capital, segurança, garantia do recebimento da produção, trabalhos sociais e ambientais, mas é você, associado e produtor rural, que tem a autonomia de decidir o que fazer, qual semente plantar, quais produtos comprar, a hora certa de vender.
Mas como saber o melhor a fazer? Qual cultura optar? Milho, soja, feijão, trigo ou demais culturas de inverno...? Temos condições de agir rapidamente a favor da rentabilidade, ou até mudar o rumo, quando seguimos um planejamento. Escolher o que plantar não somente com base no preço atual de mercado, mas respeitando a rotação de culturas e o mercado futuro, aquele que provavelmente vai se apresentar no momento da comercialização.
O mais importante é fazer bem feito. Vamos fazer o que estiver ao nosso alcance, gerir bem, plantar bem, tratar bem e colher bem. O ‘preço colhido’ vai depender do mercado e será uma consequência de todo trabalho dedicado. No caso do trigo, além da boa produtividade, o associado que optar por uma das variedades buscadas pela indústria da Alfa, ainda tem o incentivo pago pelo programa da segregação.
Um bom plantio a todos. Colhemos aquilo que plantamos, mal ou bem.
• Cládis Jorge Furlanetto, agrônomo, MBA em Gestão de Cooperativas, 10 vice-presidente da Cooperalfa.
Matéria de Julmir Cecon - Assessor de Imprensa