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Mercado catarinense de academias projeta expansão em 2014
Santa Catarina é destaque quando o assunto é mercado fitness. O Estado tem 3,3% da população brasileira e concentra 8,4% das academias do país. Em 2013, o setor chegou a 2.348 estabelecimentos formais: um crescimento de 10% em relação a 2012. Os dados são do Conselho Federal de Educação Física (Confef) e mostram que os catarinenses se preocupam com a boa forma.
Conforme dados do Sindicato Patronal das Academias de Santa Catarina (Siacadesc), cerca de 3% da população no Estado frequenta academias. No Brasil, o número não ultrapassa os 5%.
Com o bom momento, as principais redes de Santa Catarina comemoram o crescimento em 2013. Uma delas é a Rede Wave Academia, que deve abrir a sexta unidade neste ano, em Balneário Camboriú, cidade em que conta com três unidades. Itapema e Camboriú também têm filiais do grupo.
— Balneário Camboriú está crescendo. As pessoas estão procurando as academias não apenas pela estética, mas por qualidade de vida — afirma Marcos Gracher, dono da Rede Wave Academia.
Ele não descarta abrir uma unidade em Itajaí também em 2014. A rede teve um crescimento de 20% no faturamento em 2013 em relação ao ano anterior. Atualmente, são cerca de 240 funcionários e 4 mil alunos. Conforme Gracher, a Wave conta com a maior infraestrutura do Sul do Brasil, com uma unidade de7 mil metros quadrados, na Barra Sul, em Balneário Camboriú.
Pequenos negócios representam 75% do mercado formal
Zulma Fernandes Stolf, presidente do Siacadesc, afirma que o número de academias vem crescendo entre 8% e 14% desde 2011. Para ela, esse avanço está baseado no apelo à boa forma e também ao número crescente de universidades que oferecem o curso de Educação Física em SC. Zulma ressalta que o número de academias gira em torno de 980 no Estado – com uma predominância de empresas de pequeno porte.
— Cerca de 75% das academias em SC são pequenas, com até 400 clientes. As grandes redes representam uma fatia menor no Estado.
Redes planejam novas unidades
A rede de academias Fórmula também tem motivos para comemorar. A empresa começou 2013 com sete academias em todo Brasil e encerrou com 24 unidades.
Em 2014, o planejamento é chegar a 60 academias e pelo menos mais uma em Santa Catarina, possivelmente na cidade de Criciúma. Lages e Chapecó também estão na mira da marca no Estado.
— A unidade em Criciúma deve ser inaugurada entre junho e julho deste ano. Percebemos um potencial bem grande de expansão, temos grande oportunidade de crescimento por lá — diz Leonardo Costa Schmitz, gerente-geral das unidades da Fórmula em Santa Catarina.
A rede possui quatro unidades no Estado, nas cidades de São José, Florianópolis, Blumenau e Joinville, com um total de 130 funcionários diretos.
— Tivemos um crescimento agressivo no ano passado e Santa Catarina tem muito potencial para crescer – avalia Ricardo Fagundes, gerente nacional de implantação e consultoria da rede de academias Fórmula.
Produtos alternativos surgem como concorrentes às academias
Alguns empresários são mais cautelosos em relação a 2014. É o caso do dono da Racer Academia, Giba Zacouteguy, que afirma que o momento não é de expandir, mas de fortalecer unidades.
— O mercado de academia é estável, ao contrário do de atividade física que tem crescimento vertical.
Conforme Zacouteguy, a explicação está na oferta crescente de produtos substitutos, que não são concorrentes do segmento de academias, mas oferecem outras alternativas de atividades físicas.
Ele cita como exemplos os grupos de corrida e ciclismo que têm grande receptividade no Brasil. A Racer conta com três unidades na Grande Florianópolis, com uma média de 3,5 mil clientes e 80 funcionários. No ano passado, conforme Zacouteguy, o faturamento cresceu entre 9,5 e 10,5% em relação ao ano anterior.
Fonte: Diário Catarinense