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Postado em 19/11/2013

Empresas de alto crescimento pagam salários menores, aponta IBGE

terceira edição da pesquisa Estatísticas do Empreendedorismo mostra que asempresas de alto crescimento (EAC) pagam, em geral, um salário médio menor que as demais empresas de economia. O dado, referente a 2011, foi divulgado nesta segunda-feira, dia 18, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No ano pesquisado, o salário médio das empresas ativas com 10 ou mais empregados foi de 3,1 salários ao mês. Nas empresas de alto crescimento total (EAC total), foi 2,7 salários, enquanto nas empresas de alto crescimento orgânico (EAC orgânico), a média foi 2,4 salários.

A maior diferença entre o salário médio mensal pago pelas empresas ativas - seis salários mínimos mensais - em comparação às EACs orgânico - 2,3 salários/mês -, da ordem de 164,3%, foi observada na atividade de administração pública, defesa e seguridade social, informa a pesquisa. 

Segundo o IBGE, considera-se como empresa de alto crescimento (EAC) aquela que possui dez ou mais assalariados e que apresenta crescimento médio do seu pessoal ocupado assalariado de, pelo menos, 20% nos três anos anteriores. Já a empresa de alto crescimento orgânico (EAC orgânico) é aquela em que o aumento do seu pessoal assalariado se deve a novas contratações no período de observação, enquanto uma empresa de alto crescimento externo (EAC externo) deve o alto crescimento de seu pessoal assalariado a mudanças estruturais, como operações de cisão, fusão e incorporação. As empresas de alto crescimento total (EAC total) são a soma das EAC orgânico e EAC externo.

A mesma relação é observada em termos de proporção de empregados do sexo feminino, destacou Santos. Embora tenha sido registrado aumento na participação de mulheres nas empresas de alto crescimento total, essas empresas empregam menos mulheres que a média de todas as empresas do Brasil. Nas EAC total, o número de mulheres ocupadas foi, em média, 33%, em 2011. Para as empresas ativas no geral, com dez ou mais empregados, a média de mulheres se elevou para 34,9%.

O estudo do IBGE revela, ainda, que as EAC total têm 9,9% de empregados com nível superior completo, enquanto nas EAC orgânico esse número cai para 8,4% e sobe para 11% entre as empresas ativas da economia. Isso tem uma razão, informou Cristiano Santos.

Outro dado da pesquisa mostra que as empresas de alto crescimento que continuaram crescendo entre 2008 e 2011 apresentaram uma expansão contínua do pessoal ocupado assalariado igual ou superior a 20% em todo o período. Nesse caso, estão 1.931 EAC que representaram, em 2011, 5,6% das empresas de alto crescimento em 2008.

Conclusão

– Em apenas seis dos 27 Estados brasileiros, as capitais concentravam 50% ou menos das unidades locais de empresas de alto crescimento, segundo os três conceitos, presentes nas respectivas regiões metropolitanas das capitais.

– No Brasil, as capitais concentravam 35,7% de todas as unidades locais de empresas de alto crescimento. Suas respectivas regiões metropolitanas, quando excluídos os dados das capitais, concentravam apenas 16,8%.

Assalariados

– A região Sudeste manteve a liderança em relação ao pessoal ocupado assalariado em 2011, correspondendo a 52,3% do pessoal ocupado assalariado em todas as UL, 50,5% do pessoal ocupado em UL únicas e 52% em UL sede.

– No segundo e no terceiro lugares, no entanto, há uma inversão, em relação à distribuição do número de unidades locais: a região Nordeste figura em segundo lugar, ocupando 20,1% do pessoal ocupado assalariado no total de UL (21,7% nas UL únicas e 20,2% nas UL sede), seguido pela região Sul, com 15% (15,3% e 15,4%, adotando os outros dois conceitos).

– Em quarto lugar ficou a Região Centro-Oeste com 7,3% (7,1% e 6,9%). 

– A região Norte apresentou a menor participação no total de pessoal ocupado assalariado, com 5,3% nas UL total, 5,4% nas UL única e 5,4% nas UL sede.

Fonte: Agência Brasil